Depois de tanto burilar este blog para "lançá-lo" no mundo - neste caso, para as professoras e colegas de turma da disciplina Portfólio I, do Programa de Pós-graduação em Informação e Comunicação em Saúde (PPGICS/Fiocruz), e eventualmente amigos distantes,- vem aquela indagação: e agora? Como dar conta dessa demanda? Antes, ele estava guardado "a sete chaves" na rede virtual (será mesmo?). Agora, torna-se público para poucos. Os poucos que conheço. E os poucos que evidentemente o lerão.
Não sei se o que aqui está contido interessará realmente a alguém. Talvez somente a mim mesmo, que preciso ir registrando o meu caminhar acadêmico nestes quatro anos de doutorado que virão. De todo modo, este blog não é nem será o "diário da minha vida", digo de antemão. Aqui, farei apenas o registro de coisas relacionadas aos estudos, com uma pitada de lirismo sempre que possível, e algumas impressões da vida que estou vivendo. Afinal, poesia na vida nunca faz mal a ninguém. Evidentemente que a academia faz parte da minha vida nesta etapa da vida. Então, vá lá, de certa forma, terá um pouco de diário aqui... Mas será um diário diferente, conotativamente hipertextual.
Falo isso porque, durante a apresentação deste blog no último dia 18 de maio em sala de aula, um dos comentários feitos era a quantidade de referências no meu discurso a diversas coisas, como ideias, músicas, poesias e outros discursos. Como hipertextos que vão remetendo a outros textos e buscando estabelecer entre si uma interconexão.
Chega mais perto e contempla as palavras.
Cada uma
tem mil faces secretas sob a face neutra
e te pergunta, sem interesse pela resposta,
pobre ou terrível, que lhe deres:
Trouxeste a chave?
[Carlos Drummond de Andrade em Procura da Poesia, um dos poemas de abertura do livro A rosa do povo, que reúne textos escritos entre 1943 e 1945]
Falo isso porque, durante a apresentação deste blog no último dia 18 de maio em sala de aula, um dos comentários feitos era a quantidade de referências no meu discurso a diversas coisas, como ideias, músicas, poesias e outros discursos.
Fiquei pensando nisso depois e imagino que essas referências possam estar um tanto exacerbadas atualmente. Na distância, vou buscando estabelecer relações entre as coisas que vou vivenciando para construir novos significados. Talvez as metáforas do mergulho e da trilha sejam um bom exemplo.; Na trilha horizontal e aparentemente certa que sigo, há o mergulho vertical de ir fundo, buscando mais e mais compreender até onde é possível ir. A terra e o mar. Dois mundos aparentemente diferentes, mas superpostos num só. Onde é mergulho e onde é trilha? Não sei ao certo. No momento, ainda estou no possível...
Fiquei pensando nisso depois e imagino que essas referências possam estar um tanto exacerbadas atualmente. Na distância, vou buscando estabelecer relações entre as coisas que vou vivenciando para construir novos significados. Talvez as metáforas do mergulho e da trilha sejam um bom exemplo.; Na trilha horizontal e aparentemente certa que sigo, há o mergulho vertical de ir fundo, buscando mais e mais compreender até onde é possível ir. A terra e o mar. Dois mundos aparentemente diferentes, mas superpostos num só. Onde é mergulho e onde é trilha? Não sei ao certo. No momento, ainda estou no possível...
Por favor, compreendamos
Que é o princípio de tudo
Brilhando em nossos corações
E é importante que nós dois saibamos
Que a vida está mais do que nunca em nossas mãos
E, assim, nessa hora devemos despir
O que seja vaidade, o que seja orgulho
E do modo mais franco de ser
Vamos juntos no nosso mergulho
[Mergulho, música composta por Gonzaguinha e gravada primeiro por Maria Bethânia no LP Talismã (1980), da gravadora Polygram/Universal Music, e logo depois pelo próprio Gonzaguinha no disco Coisa mais maior de grande (1981), da EMI-Odeon]