Notícia publicada semana passada na imprensa nacional e internacional informa que a internet pode se tornar uma aliada da saúde pública no monitoramento de doenças. Estudos desenvolvidos fora do país indicam como sistemas de rastreamento são capazes de prever a ocorrência de surtos com antecedência, a partir do acesso dos usuários sobre doenças no Wikipedia, ampliando as formas de vigilância à saúde a moléstias, hoje centradas basicamente no repasse dos resultados de exames aos governos por parte de instituições e profissionais médicos. Eis abaixo os links das notícias publicadas no Correio Braziliense, de Brasília (DF), e no Los Angeles Times, dos Estados Unidos:
http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/tecnologia/2014/11/14/interna_tecnologia,457487/aumento-de-consultas-a-artigos-sobre-doencas-na-wikipedia-antecede-surtos.shtml
http://www.latimes.com/science/sciencenow/la-sci-sn-wikipedia-flu-disease-predictor-20141113-story.html
A lógica proposta é interessante e, de certa maneira, também previsível, tendo em vista a ampliação do acesso à rede e o uso institucionalizado da internet nos últimos anos como lugar de consulta sobre questões de saúde. "Há um novo paciente nas salas de consulta. Municiado de informações que recolhe na internet, principalmente, ele faz uma tonelada de perguntas sobre sua doença, arrisca sugerir remédios e exames e, no limite, até coloca em dúvida o tratamento prescrito pelo especialista", afirma a revista VEJA na reportagem O consultório da internet, publicada em 14 setembro de 2005.
A reportagem diz que um estudo realizado pela empresa de consultoria americana Pew Internet & American Life Projec indica que oito em cada dez usuários da rede já acessam sites de informação médica. Entre os temas de maior interesse, estão doença específica (66%), tratamento médicos (51%), dieta e nutrição (51%), exercício físico (41%), remédios (40%) e tratamentos alternativos (30%). "No Brasil, calcula-se que mais de 10 milhões de internautas o façam com regularidade", aponta a VEJA.
O fenômeno de uso da internet assume hoje novos contornos, indicando a potência dos dados sobre acesso no monitoramento e controle da vida em rede, em nome da segurança global e de uma gestão em saúde mais eficiente em relação a doenças infecciosas. Questão que também passa pela proteção das informações na rede para evitar o uso indevido, considerando a fragmentação e fluidez do espaço virtual.
PS: Agradecimentos ao amigo Thiago Petra no compartilhamento das notícias.