sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Viol(ares)

Eu não ando só
Só ando em boa companhia
Com meu violão
Minha canção e a poesia
 [ Trecho da canção Para viver um grande amorde Toquinho e Vinicius de Moraes,
gravada pela dupla em 1971 no LP "São demais os perigos desta vida" (RGE) e regravada em 1979 no LP "10 anos de Toquinho e Vinicius" (Polygram-atual Universal Music) ]


"O instante existe e a vida está completa", disse certa vez a voz lírica. Após noites e dias atravessados no vento, passos, ficos. Outros Oceanos. E aí, sem mais nem menos, o som e a asa ritmada chegam de outras terras para dizer daquele instante vital. As cordas e sua velha acústica tipicamente conhecidas. Reencontro bom. E a satisfação de rever um velho amigo tão desejado. Que um dia estarei mudo, sabe-se disso. O texto já nos confirmou. Mas até lá o sangue continua firme. Cheio de noites e dias de desmoronamentos, edificações, permanências e de desfazeres, daqueles coisas fugidias que, por vezes, alegram, por vezes entristecem, por vezes ficam, por vezes passam, portantos sãos.

Neste jogo de palavras e ideias, a subversão com a obra poética da jovem carioca tem uma intenção, assim como o seu Motivo. Uma costura sutil com os ditos e os ainda não-ditos deste blog, afinal o tempo é contínuo intervalo de retomadas e moças construções. E nada melhor para tornar conveniente uma razão própria do discurso, seja ele qual for. Neste instante específico, instaura-se o resgate de canções para dotar os ar de novos ares e a viola de novos violares. Depois do "mais nada", o violão e a voz. Até o Moonlight Serenade:


Elizeth Cardoso e Raphael Rabello (1ª parte)

Elizeth Cardoso e Raphael Rabello (2ª parte)     

Elizeth Cardoso e Raphael Rabello (3ª parte)

Espetáculo gravado pela TVE-Brasil em fevereiro de 1990
no Teatro João Caetano dentro do Projeto Seis e Meia-Rio de Janeiro
e veiculado após a morte da cantora Elizeth Cardoso, ocorrida em maio do mesmo ano 


PS: Este post vai para Ângela e Raphael Pinho. A eles, todas as violas.