Fiquei pensando sobre aquele ato gentil o dia inteiro, e até hoje ainda. Num mundo em que as pressões sociais e econômicas sobre o ser humano estão cada vez mais fortes e evidentes e o individualismo se tornou praticamente palavra de ordem, falta tempo para certas "banalidades". Afinal, temos de (sobre)viver...
Por isso mesmo, o título Gentileza também gera saúde não é vão. Ele veio-me à mente segundos após a troca de "bom dia" entre mim e aquele senhor. Porque gentileza, na minha opinião, tem a ver com bem-estar e bem-estar, por sua vez, com saúde. Como já tinha dito num outro post, a Organização Mundial de Saúde (OMS) define a saúde como "um estado de completo bem-estar físico, mental e social". Aliás, como nunca é demais verificar o significado das palavras, segundo o Moderno Dicionário de Língua Portuguesa Michaelis (disponível na internet - http://michaelis.uol.com.br/), bem-estar é definido como "situação agradável do corpo e do espírito; conforto, tranquilidade".
A grande questão é saber como encarar esse bem-estar. A meu ver, existe um aspecto crucial que infelizmente (ou felizmente, depende do ponto de vista de cada um...) faz parte da nossa dita cultura "pós-moderna": não se descobriu ainda a fórmula química do bem-estar a ponto de torná-lo um medicamento. E, não sendo remédio ainda, é impossível de ser comercializado, não gerando consumo, lucro, riqueza.
Profeta Gentileza é autor da frase que leva o seu nome |
Nós que passamos apressados
Pelas ruas da cidade
Merecemos ler as letras
E as palavras de Gentileza
Por isso eu pergunto
A você no mundo
Se é mais inteligente
O livro ou a sabedoria
O mundo é uma escola
A vida é o circo
Amor palavra que liberta
Já dizia o Profeta
[Gentileza (Marisa Monte), música gravada pela própria Marisa no CD "Memórias, crônicas e declarações de amor", o seu quinto disco de carreira, lançado em 2000 pela EMI]
Só mesmo um coração estrelado para responder com luz a um ato de carinho. É muito bom mesmo, Marcelo, quando somos surpreendidos por um estranho que nos faz bem, de graça, de repente. Mas, você, diferentemente de outras pessoas, recebeu e reagiu ao cumprimento. Tem gente por aí tão fechada em si mesmo que nem se quer é tocado por um ato desses. Sim, vamos acolher e retribuir essas iniciativas sempre bem vindas para a alma e consequentemente para nossa saúde. :) Deixar de ver o outro como mais um na multidão. A propósito, muito bacana seu blog!
ResponderExcluirMuitas verdades no seu post, a boa noticia é que existe gente gentil ainda. Ha pouco que te conheço, mas percebo seu coração cheio de gentileza e sonhos. Obrigada pelo post no meu blog!
ResponderExcluirFelizmaente bem-estar não pode ser comercializado e gentileza tem que ser gratuitamente só algo do espírito. Não é preciso ter pra ser e isto é o mais impressionante.
ResponderExcluir"Sou mais um na multidão, nas vitrines dos magazans...", diria a canção. Eu diria que podemos até ser mais um, mais uma, porém um ser, não um objeto. Final de semana passado, passando pela mesma esquina, deparei-me com outro senhor que caminhava, desta vez na mesma direção que a minha. Resolvi parar e dar o meu bom dia, ao que fui retribuído com saudação semelhante. Engraçado como é fácil saudar os mais velhos. Fiquei pensando nisso depois.
ResponderExcluirEspírito, todos temos. Mas só valorizamos a carne nas suas mais variadas degustações, da estética à antropofágica. O equilíbrio, neste caso, sempre é bem-vindo.
Se a gentileza tocou vocês, queridas Wilza, Martha e Tânia, então valeu a pena. Vamos disseminar então a semente? Beijos